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Infecção urinária na mulher: saiba como prevenir

11 de fevereiro de 2025
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A infecção urinária na mulher é uma condição comum e pode causar desconforto, como dor ao urinar e sensação constante de necessidade de ir ao banheiro.

Caso não seja devidamente tratada, pode ser perigosa e, inclusive, causar risco de morte.


Devido à sua anatomia, as mulheres têm maior probabilidade de desenvolver infecção urinária em comparação aos homens.


Entretanto, com práticas de higiene adequadas e hábitos saudáveis, é possível reduzir o risco e manter o sistema urinário saudável.


Neste artigo, vamos compartilhar dicas para ajudar você a prevenir infecções urinárias e cuidar da sua saúde de forma eficaz!


Acompanhe!


O que é a infecção urinária? 


A infecção urinária, também chamada de infecção do trato urinário (ITU), é uma condição causada pela presença de microrganismos, geralmente bactérias, no sistema urinário. 


Pode atingir qualquer parte do sistema urinário, incluindo rins, bexiga, ureteres e uretra.


Geralmente, ocorre com maior frequência na bexiga, sendo conhecida como cistite.


Quando envolve os rins, é chamada de pielonefrite, e, ao afetar a uretra, recebe o nome de uretrite.


Quais os principais fatores que tornam as mulheres mais propensas a desenvolver infecções urinárias?


As mulheres têm uma maior probabilidade de desenvolver infecção urinária devido a uma combinação de fatores anatômicos e fisiológicos, confira abaixo:


  • Anatomia feminina: a uretra feminina é mais curta e localizada próxima à vagina e ao ânus, facilitando o acesso de bactérias, como a Escherichia coli, à bexiga;
  • Alterações hormonais: mudanças hormonais, como na gravidez e menopausa, afetam o sistema urinário. Na menopausa, a redução do estrogênio altera a flora vaginal, elevando o risco de infecções;
  • Atividade sexual: a relação sexual pode empurrar bactérias para a uretra, aumentando o risco de infecção;
  • Produtos de higiene íntima: sprays, duchas ou sabonetes perfumados podem irritar a região íntima, alterando o pH vaginal e favorecendo infecções;
  • Retenção urinária: segurar a urina por muito tempo impede o completo esvaziamento da bexiga, criando condições para a proliferação bacteriana;
  • Imunidade baixa: condições, como diabetes ou uso de imunossupressores, aumentam a vulnerabilidade a infecções urinárias;
  • Gravidez: neste período, o útero pode pressionar a bexiga, dificultando o esvaziamento completo. Além da pressão do útero, as mudanças hormonais e imunológicas tornam as gestantes mais suscetíveis a essas infecções.


Quais são os sintomas de uma infecção urinária na mulher?


A infecção urinária pode causar diversos sintomas incômodos, dependendo da gravidade e da área do sistema urinário afetada.


Abaixo, estão os principais sintomas que ajudam a identificar essa infecção:


  • Dor ou ardência ao urinar: sensação de queimação ou dor durante a micção, causada pela inflamação da mucosa do trato urinário;
  • Urgência e frequência urinária: vontade constante de urinar, mesmo com a bexiga quase vazia, acompanhada de desconforto e pressão;
  • Dor na região inferior do abdômen: desconforto ou pressão na área logo acima da bexiga, que pode variar de leve a intensa;
  • Sangue na urina (hematúria): em casos mais graves, a urina pode apresentar traços de sangue, indicando inflamação mais séria;
  • Febre e calafrios: se a infecção atingir os rins, podem surgir febre, calafrios e dor intensa na região lombar;
  • Cansaço e mal-estar: sensação de fadiga ou indisposição geral, especialmente em infecções mais severas.


Como realizamos o diagnóstico da infecção urinária na mulher?


Iniciamos o diagnóstico da infecção urinária com uma avaliação detalhada dos sintomas e histórico clínico da paciente.


Então, com base nessas informações, é possível levantar a suspeita da infecção, mas exames complementares são necessários para confirmá-la.


O exame de urina (urina tipo 1) é o principal teste utilizado para detectar a infecção.


Ele permite identificar a presença de leucócitos, que indicam inflamação, bactérias na urina e sangue, comum em infecções mais graves.


Além disso, podemos solicitar uma urocultura, que ajuda a identificar a bactéria causadora e determinar o antibiótico mais eficaz para o tratamento.


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Em casos mais graves ou com suspeita de complicações, podemos encaminhar a paciente para exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia.


Assim, é possível identificar possíveis danos ou obstruções no trato urinário.


Além disso, exames de sangue podem ser solicitados para verificar sinais de infecção sistêmica, avaliar a função renal ou descartar complicações graves, como sepse.


Como realizamos o tratamento da infecção urinária na mulher?


O tratamento da infecção urinária em mulheres é baseado, principalmente, no uso de antibióticos, que atuam eliminando as bactérias responsáveis pela infecção.


Escolhemos o medicamento dependendo do tipo de bactéria identificado nos exames, como a urina tipo 1 ou a urocultura.


É essencial seguir corretamente a prescrição médica e não interromper o uso do antibiótico antes do tempo indicado, mesmo que os sintomas desapareçam.


Isso garante a completa erradicação da infecção e evita o desenvolvimento de resistência bacteriana.


Além dos antibióticos, podemos prescrever analgésicos ou anti-inflamatórios para aliviar sintomas desconfortáveis, como a dor e a ardência ao urinar.


Por fim, lembramos que manter-se bem hidratada também é uma medida importante durante o tratamento.


Beber bastante água ajuda a diluir a urina, aliviando a irritação na bexiga e auxiliando na eliminação das bactérias do sistema urinário, acelerando a recuperação.


Quais hábitos podem ajudar na prevenção de infecções urinárias?


Para prevenir infecções urinárias, as mulheres podem adotar os seguintes hábitos:


Higiene adequada


Mantenha a região genital limpa, lavando-a diariamente com água e sabão neutro.


Após evacuar, limpe-se sempre da frente para trás para evitar a transferência de bactérias do ânus para a uretra.


Hidratação



Beba pelo menos 1,5 a 2 litros de água por dia para ajudar a eliminar bactérias do trato urinário.


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Não reter urina

Evite segurar a urina por longos períodos; vá ao banheiro sempre que sentir vontade.


Urinar regularmente ajuda a expelir bactérias que possam estar presentes na bexiga.


Urinar após relações sexuais


Urine logo após a atividade sexual para auxiliar na eliminação de possíveis bactérias que tenham entrado na uretra.


Escolha de roupas íntimas


Prefira calcinhas de algodão e evite roupas íntimas apertadas ou de materiais sintéticos, que podem reter calor e umidade, criando um ambiente propício para bactérias.


Troca frequente de absorventes


Durante o período menstrual, troque absorventes higiênicos regularmente para evitar a proliferação de bactérias.


Evitar duchas vaginais e produtos íntimos irritantes


Não utilize duchas vaginais ou produtos de higiene íntima perfumados, pois podem desequilibrar a flora vaginal e aumentar o risco de infecções.


Alimentação saudável


Mantenha uma dieta rica em vegetais e fibras para evitar a constipação intestinal, que pode aumentar o risco de infecção urinária.


O que acontece se uma infecção urinária não for tratada corretamente?


Se uma infecção urinária não for tratada corretamente, o risco de complicações aumenta bastante.


A infecção pode se espalhar para os rins, resultando em uma condição mais grave chamada pielonefrite, que pode causar febre alta, dor lombar intensa e, em casos mais severos, levar à sepse.


Essa é uma infecção generalizada que requer atenção médica imediata.


Além disso, o uso inadequado ou o abandono precoce do tratamento podem levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes, tornando futuras infecções mais difíceis de tratar.


Por isso, é fundamental contar com uma ginecologista de confiança que possa acompanhar o caso de perto e fornecer o tratamento adequado.



Portanto, caso você perceba sintomas relacionados à infecção urinária, agende uma consulta com a especialista e mantenha seu bem-estar!


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Formação da Dra. Graziele Cervantes

  • Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
  • Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
  • Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
  • Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
  • Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
  • Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
  • Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
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