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Insuficiência ovariana precoce: conheça os sinais

7 de janeiro de 2025
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A insuficiência ovariana precoce (IOP), também conhecida como falência ovariana precoce, é uma condição em que os ovários deixam de funcionar adequadamente antes dos 40 anos.


Essa interrupção precoce na produção de óvulos e hormônios pode impactar profundamente a saúde e a qualidade de vida da mulher, afetando sua fertilidade e aumentando os riscos para diversas condições de saúde. 


Neste artigo, vamos explicar o que é a insuficiência ovariana precoce, os seus sinais mais comuns e as opções de tratamento disponíveis.


O que é a insuficiência ovariana precoce e como ela afeta a saúde da mulher?


A insuficiência ovariana precoce ocorre quando os ovários não conseguem manter sua função normal de produzir óvulos regularmente e de liberar hormônios, como o estrogênio e a progesterona. 


Em algumas mulheres, a função ovariana é completamente interrompida e, em outras, os ovários ainda apresentam alguma atividade residual, com ciclos menstruais esporádicos.


Essa condição pode surgir de maneira gradual ou abrupta e, em muitos casos, é irreversível.


No entanto, existem relatos de mulheres que recuperam temporariamente a função ovariana, voltando a menstruar e, em casos raros, até engravidar espontaneamente.


A queda nos níveis hormonais causada pela IOP tem consequências significativas para a saúde. 


Além de levar à infertilidade, ela pode desencadear sintomas semelhantes à menopausa e aumentar o risco de doenças cardiovasculares, osteoporose e outros problemas.


Quais fatores contribuem para o desenvolvimento da insuficiência ovariana precoce?


A IOP pode ser desencadeada por uma combinação de fatores, incluindo:


Fatores genéticos: alterações em genes específicos podem interferir na função ovariana.

Doenças autoimunes: condições como lúpus ou tireoidite autoimune podem levar o sistema imunológico a atacar os ovários.

Tratamentos médicos: quimioterapia e radioterapia na região pélvica podem danificar os ovários.

Causas desconhecidas: em muitos casos, a origem da IOP permanece incerta.


Embora a insuficiência ovariana precoce possa ocorrer em qualquer idade, ela é diagnosticada antes dos 40 anos. 


Em algumas mulheres, os sintomas começam na adolescência, enquanto outras podem perceber alterações mais próximas dos 30 anos.


Quais são os sinais mais comuns da insuficiência ovariana precoce?


A insuficiência ovariana precoce pode ser silenciosa ou apresentar sintomas que, muitas vezes, são confundidos com outras condições. Os sinais mais comuns incluem:


Irregularidades menstruais ou ausência de menstruação



Ciclos irregulares, períodos mais curtos ou longos, e até mesmo a ausência completa de menstruação (amenorreia) são indícios importantes.


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Infertilidade


Dificuldade para engravidar é um dos sinais mais evidentes, já que os ovários não estão liberando óvulos regularmente.


Sintomas da menopausa precoce


Devido à queda drástica nos níveis de estrogênio, um hormônio essencial para o ciclo menstrual, a insuficiência ovariana precoce pode causar sintomas semelhantes aos da menopausa:


  • Ondas de calor (fogachos);
  • Suores noturnos;
  • Secura vaginal;
  • Alterações de humor, como irritabilidade, ansiedade e depressão;
  • Distúrbios do sono.


Redução da densidade óssea


A queda nos níveis de estrogênio pode acelerar a perda de massa óssea, aumentando o risco de osteoporose.


Risco cardiovascular aumentado


A deficiência de estrogênio também impacta negativamente a saúde dos vasos sanguíneos, elevando o risco de doenças cardíacas.


Saúde Mental


A insuficiência ovariana precoce pode afetar profundamente a saúde mental das mulheres. 


Isso porque, além das alterações de humor frequentemente associadas aos sintomas da menopausa, a infertilidade e as mudanças hormonais podem desencadear sentimentos intensos de frustração, tristeza e ansiedade, impactando a qualidade de vida emocional.


Como a insuficiência ovariana precoce é diagnosticada?


Identificar a insuficiência ovariana precoce pode ser um grande desafio, já que os sintomas iniciais, muitas vezes, são sutis ou podem ser confundidos com outras condições hormonais.


Isso pode atrasar o diagnóstico e dificultar o início do tratamento adequado.


Então, para diagnosticar a condição, precisamos fazer uma análise criteriosa do histórico médico combinado com a  avaliação clínica e exames laboratoriais.


Inicialmente, será fundamental avaliar os sintomas relatados pela paciente, como irregularidades menstruais, ondas de calor e dificuldades para engravidar. 


Também investigaremos se há histórico familiar de IOP ou condições associadas, como doenças autoimunes.


Solicitaremos também alguns exames hormonais, a saber:


FSH (hormônio folículo-estimulante) 


Níveis elevados de FSH são um marcador importante da IOP, indicando que o corpo está tentando estimular os ovários sem sucesso.


Estradiol 


Níveis baixos desse hormônio sugerem falência ovariana.


AMH (hormônio antimülleriano) 



Avalia a reserva ovariana, ajudando a confirmar o diagnóstico.


A realização de uma ultrassonografia transvaginal também será importante para avaliar a estrutura dos ovários e a presença de folículos.


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Formação da Dra. Graziele Cervantes

  • Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
  • Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
  • Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
  • Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
  • Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
  • Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
  • Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
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