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Como manter a flora vaginal equilibrada?

31 de agosto de 2023
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Você já se perguntou sobre as ações necessárias para manter a sua flora vaginal equilibrada?

A saúde íntima é uma parte essencial do bem-estar de qualquer mulher.


Uma flora vaginal saudável é composta por uma variedade de microorganismos benéficos que trabalham em harmonia para manter o ambiente ácido e proteger contra invasões prejudiciais.


Nesse sentido, manter a flora vaginal equilibrada é essencial para prevenir infecções e desconfortos, entenda melhor neste artigo.


O que é a flora vaginal? 


A flora vaginal refere-se ao conjunto de microorganismos, incluindo bactérias e fungos, que habitam naturalmente a vagina de uma mulher.


Essa comunidade microbiana é essencial para a manutenção da saúde íntima, contribuindo para o equilíbrio do pH vaginal.


Esse pH ácido cria uma barreira natural contra microorganismos indesejados.


Então, quando o equilíbrio da flora vaginal é perturbado, pode ocorrer um crescimento excessivo de bactérias nocivas, resultando em infecções ou desconfortos.


Quais fatores são capazes de afetar a flora vaginal? 


Diversos fatores desempenham um papel significativo na influência sobre a flora vaginal.


Por exemplo,  consumo excessivo de alimentos açucarados pode levar a uma acidificação exagerada da vagina, provocando desequilíbrios.


Já a ingestão de antibióticos pode resultar no aumento da população de fungos na região vaginal.


Além disso, o abafamento da região íntima gera um ambiente propício ao crescimento descontrolado de microrganismos indesejados.


Ademais, fatores como: estresse, uso de contraceptivos, frequência das relações sexuais, gestação e infecções sistêmicas também exercem um papel importante nessa questão, comprometendo a saúde geral do corpo e influenciando a microbiota vaginal.


Quais são os problemas de saúde que esse desequilíbrio causa?


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A flora vaginal saudável é composta, principalmente, por bactérias benéficas, como os lactobacilos, que ajudam a manter o ambiente equilibrado e prevenir o crescimento excessivo de bactérias nocivas.


Quando ocorre um desequilíbrio na flora vaginal, conhecido como disbiose vaginal, podem surgir vários problemas de saúde.


Alguns dos problemas mais comuns incluem:


Infecções por fungos


A candidíase é uma infecção causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans. Ela pode levar a sintomas como coceira intensa, irritação, corrimento e desconforto durante o sexo e ao urinar.


Vaginose bacteriana


A vaginose bacteriana ocorre quando há um aumento das bactérias prejudiciais na vagina, levando a sintomas como odor desagradável,
corrimento anormal, além de irritação.


Infecções do trato urinário


Um desequilíbrio na flora vaginal também pode aumentar o risco de infecções do trato urinário, uma vez que as bactérias nocivas podem migrar da vagina para a uretra e a bexiga.


Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) 


Um ambiente vaginal desequilibrado deixa a mulher mais suscetível a contrair infecções como clamídia, gonorreia e herpes.


Vaginite


A vaginite é uma inflamação da vagina que pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo desequilíbrios na flora vaginal.


Como será o tratamento nesses casos?


O tratamento para problemas de saúde causados pelo desequilíbrio da flora vaginal varia de acordo com a condição e a gravidade dos sintomas.


Então, infecções fúngicas geralmente são tratadas com antifúngico sob a forma de cremes, óvulos, pomadas e até mesmo medicamentos orais em caso de candidíase recorrente.


Para a vaginose bacteriana, o tratamento pode envolver antibióticos orais ou tópicos (gel ou creme).


Em caso de infecções do trato urinário, o tratamento geralmente envolve antibióticos específicos para combater a infecção bacteriana no trato urinário.


Já para infecções sexualmente transmissíveis, o tratamento varia de acordo com o tipo de IST.


Algumas podem ser tratadas com antibióticos, enquanto outras exigem tratamento a longo prazo e atenção contínua.


E o tratamento da vaginite pode variar com base na causa subjacente, isso pode exigir o uso de medicamentos antifúngicos, antibióticos ou corticosteroides tópicos.


Como manter a flora vaginal equilibrada?



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Manter a flora vaginal equilibrada é essencial para a saúde íntima e o bem-estar geral.


Dessa forma, existem várias maneiras para promover esse equilíbrio:


  • Higiene adequada: evite o uso excessivo de produtos de limpeza vaginais e duchas, opte por sabonetes suaves e sem fragrâncias na região genital externa;
  • Roupas e tecidos: opte por roupas íntimas de algodão, que permitem a respiração adequada da área genital e evite usar roupas muito justas;
  • Pratique sexo seguro: o uso de preservativos ajuda a prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) que afetam os micro-organismos da região;
  • Hidratação adequada: beber água suficiente ajuda a manter a hidratação e a saúde das mucosas, incluindo as da região vaginal;
  • Gerencie o estresse: o estresse crônico é capaz de afetar o sistema imunológico e desequilibrar a flora vaginal;
  • Alimentação balanceada: uma dieta rica em fibras, frutas, legumes e verduras ajuda a manter um ambiente saudável para a flora vaginal. 
  • Probióticos: além de alimentos probióticos, como iogurtes, você pode considerar a inclusão de suplementos probióticos em sua dieta, pois eles promovem o crescimento das bactérias benéficas na flora vaginal.


Ademais, lembre-se de que somente a ginecologista pode fazer um diagnóstico preciso e recomendar o tratamento mais adequado para o seu caso.


Então, se você suspeitar de um desequilíbrio ou estiver enfrentando problemas de saúde vaginal, agende uma consulta com a especialista o quanto antes e evite complicações!


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Formação da Dra. Graziele Cervantes

  • Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
  • Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
  • Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
  • Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
  • Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
  • Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
  • Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
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