Esse tipo de condição pode levar a complicações diversas, incluindo infertilidade, abortos recorrentes e dor pélvica.
A histeroscopia oferece uma abordagem minimamente invasiva para o diagnóstico e tratamento de malformações uterinas.
Assim, oferece a possibilidade de corrigir estas condições com precisão, restaurando a função uterina normal e abrindo caminho para uma gravidez bem-sucedida.
As malformações uterinas são um conjunto de irregularidades resultantes de erros na fusão embriológica ou na recanalização adequada dos ductos de Müller.
O desenvolvimento dos ductos de Müller ocorre ao longo das primeiras 12 semanas de gestação.
Esse processo envolve o crescimento e a união dos ductos paramesonéfricos, ou de Müller, seguido pela eliminação do septo que os divide, resultando na formação do útero, das trompas uterinas e da parte superior da vagina.
Anormalidades nesse processo podem levar a malformações uterinas.
É preciso saber que identificar a prevalência exata dessas malformações é complexo, pois muitas mulheres não apresentam sintomas.
Pesquisas indicam que a incidência varia de 3 a 5% na população geral, número que se assemelha ao observado entre mulheres com infertilidade.
No entanto, esse percentual sobe para 12 a 15% entre aquelas que sofrem de abortos recorrentes, podendo chegar a 25% em casos de abortos em estágios mais avançados da gestação e partos prematuros.
No nosso blog, temos um artigo completo sobre os tipos de malformação uterina – Mulleriana, acesse e saiba mais!
Entre as malformações uterinas que podemos tratar por meio da histeroscopia, destacamos:
Para determinar se a paciente é elegível ao tratamento histeroscópico, é fundamental realizar um diagnóstico preciso das anomalias uterinas presentes, especialmente porque várias delas podem apresentar características semelhantes.
A ressonância magnética, especialmente quando combinada com técnicas de reconstrução tridimensional, é fundamental nesse processo.
O exame permite a identificação detalhada das malformações Müllerianas e auxilia na escolha da abordagem histeroscópica mais apropriada.
Ademais, na fase da suspeita de anomalias, a ultrassonografia transvaginal ou pélvica é frequentemente utilizada como método de triagem inicial para investigar queixas como dor pélvica ou a presença de massas pélvicas.
Isso ocorre também como a histerossalpingografia, que é empregada para explorar questões de infertilidade.
O tratamento histeroscópico das malformações uterinas é uma abordagem cirúrgica minimamente invasiva que tem como objetivo principal a restauração da configuração normal da cavidade uterina.
Durante o procedimento, um instrumento denominado histeroscópio, que é uma câmera fina com iluminação, é inserido através do colo do útero para acessar a cavidade uterina.
Isso nos permite visualizar diretamente o interior do útero e identificar qualquer anormalidade estrutural.
Então, ferramentas cirúrgicas especializadas podem ser introduzidas através do histeroscópio para corrigir as malformações.
Porém, apesar dos avanços e da eficácia deste tratamento, é importante reconhecer que o sucesso não é garantido para todas as pacientes.
Entre os principais benefícios do tratamento histeroscópico, destacam-se:
Melhora da fertilidade
Para mulheres que enfrentam infertilidade ou perdas gestacionais recorrentes devido a malformações uterinas, a correção histeroscópica pode restaurar a forma e a função normais da cavidade uterina, aumentando suas chances de alcançar e manter uma gravidez saudável.
Redução de sintomas
Muitas malformações uterinas estão associadas a sintomas como sangramento menstrual irregular ou dor pélvica.
Assim, a correção dessas anomalias pode aliviar esses sintomas, melhorando a qualidade de vida diária da paciente.
Minimamente invasivo
Por ser um procedimento minimamente invasivo, a histeroscopia geralmente oferece tempos de recuperação mais rápidos, menos dor e menor risco de complicações em comparação com as cirurgias abertas.
Diagnóstico preciso
A capacidade da histeroscopia de fornecer uma visualização direta da cavidade uterina supera as limitações de exames não invasivos, facilitando o diagnóstico preciso e a intervenção imediata para malformações específicas.
Entretanto, apesar desses benefícios, é importante reconhecer as limitações deste método.
Isso inclui a incapacidade de avaliar o contorno externo do útero e o risco de diagnóstico incorreto em casos específicos, como quando um septo uterino se estende até o colo uterino.
Dado que a histeroscopia é um procedimento geralmente de baixa complexidade, os riscos e complicações associados não são frequentes.
Contudo, é essencial reconhecer que cada paciente possui características únicas que podem influenciar no procedimento.
Devido à sua eficácia no tratamento de condições menos complexas, a demanda por histeroscopias tem aumentado.
Assim, é preciso esclarecer que, apesar de ser considerado de baixo risco, o procedimento pode causar desconforto em algumas pacientes.
Durante uma histeroscopia realizada em ambiente ambulatorial, é possível que ocorram sintomas como náuseas, vômitos, sudorese e sensação de desmaio, especialmente em procedimentos mais longos ou tecnicamente desafiadores.
A necessidade de acompanhamento ou tratamentos adicionais após a histeroscopia para corrigir malformações uterinas pode variar de acordo com o caso.
Em algumas situações, pode ser necessário realizar uma segunda intervenção cirúrgica para verificar a completa correção da cavidade uterina.
Adicionalmente, o processo de cicatrização pós-operatório pode levar à formação de sinéquias ou aderências uterinas, que têm o potencial de afetar negativamente a fertilidade futura da paciente.
Assim, considerando as diversas consequências que as malformações uterinas podem ter sobre a saúde reprodutiva, reforçamos que é fundamental procurar o aconselhamento da especialista em saúde da mulher.
Caso você possua um histórico de desafios reprodutivos, como infertilidade ou abortos recorrentes, agende uma consulta com a ginecologista para receber uma avaliação personalizada!
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