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Teratoma de ovário pode se tornar câncer?

11 de abril de 2024
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O teratoma de ovário é um tumor proveniente de células germinativas conhecidas pela sua capacidade de conter diversos tipos de tecidos, como cabelo, dentes e até tecidos mais complexos.

Esses tumores apresentam um espectro que vai desde formas completamente benignas até variantes com potencial maligno.


Portanto, entender a natureza, características e como eles podem progredir para formas cancerígenas é essencial para um diagnóstico precoce e um tratamento adequado.


O que é um teratoma de ovário e quais os tipos existentes?


Um teratoma de ovário é um tipo de tumor que pode surgir nos ovários.


Este tumor é caracteristicamente conhecido por se originar a partir de células germinativas, ou células primitivas.


Devido a essa origem, o teratoma de ovário é capaz de conter uma ampla variedade de tecidos, como gordura, dentes, ossos e cabelos.


Esse fenômeno ocorre porque as células germinativas têm o potencial de diferenciar-se em vários tipos de tecidos ou células que compõem o corpo humano.


Existem, principalmente, dois tipos de teratomas de ovário:


  • Teratoma maduro: também conhecido como cisto dermoide, este é o tipo mais comum de teratoma de ovário e geralmente é benigno;
  • Teratoma imaturo: este tipo de teratoma é menos comum e apresenta características não benignas, podendo ser considerado um tumor maligno.


Existe uma relação entre teratomas de ovário e câncer?


Os teratomas maduros, também conhecidos como cistos dermóides, representam a forma benigna e são mais comuns em mulheres em idade reprodutiva, especialmente na segunda e terceira década de vida.


Apesar de serem benignos, o tratamento para teratomas maduros normalmente envolve a remoção cirúrgica do cisto.


Por outro lado, os teratomas imaturos apresentam um comportamento maligno, com potencial de disseminação para outros locais do corpo.


Essa forma exige uma abordagem de tratamento mais ativa, que pode incluir tanto a cirurgia para retirada do tumor quanto, em alguns casos, a quimioterapia.


É importante saber que o teratoma imaturo é avaliado com base no grau de diferenciação celular, classificado em graus I, II e III, com um grau mais alto indicando maior agressividade do tumor.


A transformação maligna nos teratomas ocorre em uma pequena fração dos casos, estimada entre 0,17% e 2%, sendo mais comum em mulheres com 50 a 70 anos.


Nesses casos, o carcinoma de células escamosas é o tipo de câncer mais frequentemente associado a essa transformação, representando cerca de 80% desses casos.


Nesses cenários, o tumor tende a crescer rapidamente e pode se estender para além dos limites do ovário.


No nosso blog, temos um artigo completo sobre câncer de ovário, clique para saber mais.


Quais são os sintomas associados aos teratomas de ovário?


A maioria dos teratomas de ovário são assintomáticos, sendo muitas vezes diagnosticados de forma acidental durante exames de rotina ou investigações por outras razões.


Contudo, em casos onde o teratoma apresenta um crescimento significativo, ele pode começar a causar sintomas compressivos devido ao efeito de sua massa sobre os tecidos e órgãos adjacentes.


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Estes sintomas podem incluir dor localizada, inchaço na área afetada, e até mesmo uma sensação de pressão em determinadas partes do corpo.


Isso ocorre quando o tamanho do teratoma começa a interferir com as funções normais dos órgãos e tecidos próximos.


O teratoma de ovário causa infertilidade?


Mulheres com teratoma de ovário, em geral, não apresentam infertilidade decorrente diretamente do tumor.


Porém, em casos onde o teratoma afeta ambos os ovários (bilateral), a cirurgia para remover o tumor requer um cuidado especial.


Isso se deve ao risco de a cirurgia afetar negativamente a reserva ovariana, o que poderia potencialmente comprometer a fertilidade futura da paciente.


Para minimizar o risco de impacto na fertilidade em casos de teratomas bilaterais de grandes dimensões, podemos considerar uma medida adicional, que é o congelamento de óvulos antes da realização da cirurgia.


Esse procedimento permite preservar a capacidade reprodutiva da mulher, oferecendo uma opção para concepção futura caso a reserva ovariana seja afetada pelo procedimento cirúrgico.


Como diagnosticamos os teratomas de ovário?


Os teratomas de ovário são diagnosticados, principalmente, através de exames de imagem.


A ultrassonografia é frequentemente o primeiro exame realizado, pois é um método não invasivo e amplamente disponível.


Além disso, podemos recorrer à tomografia computadorizada e à ressonância magnética para realizar um diagnóstico preciso.


Esses exames oferecem imagens de alta resolução que ajudam a determinar a natureza, o tamanho e a localização exata do tumor, além de identificar características específicas que possam sugerir a presença de um teratoma.


Esses exames também são valiosas estratégias de vigilância e acompanhamento de pacientes com teratomas.


Dessa forma, podemos monitorar o crescimento do tumor ao longo do tempo e avaliar a resposta ao tratamento.


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Quais são as opções de tratamento para teratomas de ovário?


A cirurgia é o método de escolha para o tratamento da maioria desses tumores.


No caso dos teratomas maduros, que são lesões benignas, a ressecção cirúrgica é frequentemente indicada não apenas para remover o tumor, mas também para prevenir o risco potencial de crescimento.


Assim, a cirurgia alivia os sintomas causados pela pressão do tumor sobre estruturas adjacentes e evita complicações futuras.


O manejo dos teratomas imaturos, por outro lado, é mais complexo e desafiador devido à sua natureza maligna.


Além da cirurgia para removê-lo, estratégias adicionais de tratamento oncológico, como a quimioterapia, podem ser necessárias.


Essas abordagens são importantes para combater a propagação do câncer e melhorar as chances de um resultado positivo.


Reforçamos que a escolha do tratamento para teratoma de ovário depende de vários fatores, incluindo o estágio do tumor, o grau de diferenciação celular e a condição geral de saúde da paciente.



Portanto, caso você perceba algum sintoma relacionado ou se já possui um diagnóstico dessa condição, agende uma consulta com a ginecologista para receber um encaminhamento personalizado!


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Formação da Dra. Graziele Cervantes

  • Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
  • Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
  • Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
  • Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
  • Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
  • Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
  • Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
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