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Laqueadura: o que é e como é feita?

1 de fevereiro de 2024
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A laqueadura é um procedimento cirúrgico voltado para fins contraceptivos, visando impedir a possibilidade de gravidez futura.

Durante essa intervenção, as tubas uterinas da mulher são obstruídas, cortadas ou amarradas, bloqueando o caminho do óvulo e do espermatozóide.


Porém, devido à sua natureza como uma opção permanente de controle de natalidade, a decisão por esse método requer cautela e consciência.


Nesse sentido, é importante familiarizar-se com o procedimento e buscar a orientação da ginecologista.


O que é a laqueadura?


Conhecida também como ligadura tubária ou de trompas, a laqueadura é um procedimento de esterilização permanente voluntário para mulheres.


Realizada pela ginecologista, se trata de uma cirurgia simples que bloqueia as tubas uterinas, impedindo o processo de fecundação.


É importante destacar que, a partir de agosto de 2022, entrou em vigor uma nova versão da legislação sobre laqueadura.


Conforme essa atualização, a mulher deve ter, no mínimo, 21 anos ou dois filhos vivos para ser elegível ao procedimento, e a aprovação do cônjuge não é mais necessária.


Contudo, mantém-se a exigência de um período mínimo de 60 dias entre a expressão do desejo e a realização da cirurgia.


Quais são as razões pelas quais as mulheres optam pela laqueadura?


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A laqueadura tubária destaca-se por suas vantagens como método contraceptivo permanente.


Sua eficácia é notável, apresentando uma taxa de falha extremamente baixa de apenas 0,5%.


Além disso, a conveniência é uma forte característica, uma vez que, após o procedimento, não há necessidade de preocupações com métodos contraceptivos adicionais.


Do ponto de vista financeiro, a laqueadura tubária oferece uma vantagem adicional, pois não demanda pagamentos contínuos ou substituições.


Outro benefício relevante está associado à redução do risco de câncer de ovário quando é empregada a técnica de salpingectomia, que consiste na retirada da trompa.


Isso contribui não apenas para a eficácia contraceptiva, mas também para a saúde preventiva da mulher.


Esse procedimento é reversível?


Embora seja tecnicamente viável reverter a laqueadura tubária por meio de uma anastomose tubária, esse procedimento não é recomendado.


Isto porque, ele aumenta as chances de gestação ectópica tubária, acarretando riscos à saúde da mãe e possíveis abortos do embrião.


Nesse sentido, a orientação é que mulheres laqueadas que desejam engravidar busquem uma clínica de reprodução assistida para realizar uma Fertilização In Vitro (FIV).


Assim sendo, antes de optar pela laqueadura, é preciso que a mulher esteja ciente da ausência de garantias na reversão e considere alternativas contraceptivas de longa duração caso haja indecisão quanto à questão de não ter mais filhos.


No nosso blog, temos um artigo sobre os métodos contraceptivos de longa duração que são reversíveis, acesse para saber mais!


Qual o passo a passo que a mulher que deseja realizar a laqueadura deve seguir? 


Antes de realizar a cirurgia de laqueadura, é necessário seguir uma série de procedimentos e diretrizes.


Inicialmente, é imprescindível que a paciente assine um termo de consentimento livre e esclarecido, conforme estabelecido pela legislação vigente sobre Planejamento Familiar.


Adicionalmente, a avaliação psicológica da paciente e/ou do casal é realizada antes do procedimento, quando os profissionais de saúde julgam ser necessário.


Além disso, é fundamental discutir e seguir as orientações médicas relacionadas a medicamentos de uso contínuo e esporádicos.


Já os exames pré-operatórios incluem avaliações do anestesista e exames específicos conforme a avaliação do cirurgião, como por exemplo:


  • Avaliação cardiológica para pacientes com problemas cardíacos;
  • Teste de gravidez;
  • Exames clínicos ginecológicos;
  • Citologia (Papanicolau);
  • Pesquisa para infecção ginecológica;
  • Ultrassonografia pélvica.


Quais são os métodos mais comuns utilizados para realizar a laqueadura?


Existem várias abordagens para realizar a operação de laqueadura, todas seguindo o princípio fundamental de impedir a passagem do óvulo e dos espermatozoides pelas trompas, evitando a fecundação.


As laqueaduras são, geralmente, classificadas com base no método do corte e nas vias de acesso, sendo os principais tipos a abdominal e a vaginal.


Além disso, há diversas técnicas para efetivamente interromper as trompas, incluindo o uso de anéis de plástico, clipes de titânio (cirúrgicos), cauterização e fio de sutura.


A escolha da via cirúrgica depende da preferência e habilidade de cada profissional.


No caso da Dra. Graziele Cervantes, a opção é pela cirurgia minimamente invasiva, devido aos benefícios que esse método proporciona.


Existem efeitos colaterais ou complicações associadas a esse procedimento?


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Ao considerar a opção de laqueadura como método contraceptivo, é crucial compreender os possíveis efeitos colaterais e complicações associadas a esse procedimento. 


Abaixo, confira três aspectos que merecem atenção:


  • Irreversibilidade: a laqueadura tubária é uma escolha permanente, tornando-se desaconselhada para mulheres que mantêm o desejo de ter filhos no futuro;
  • Riscos do procedimento: embora seja considerada uma intervenção de pequeno porte com baixo risco, a ligadura tubária, como qualquer procedimento cirúrgico, não está isenta de potenciais complicações. Entre elas, estão a possibilidade de infecção, sangramento e reações adversas à anestesia;
  • Possíveis efeitos colaterais: algumas mulheres relatam experienciar aumento do sangramento menstrual e sintomas mais precoces após a laqueadura. Esses efeitos colaterais, embora não se manifestem em todas as pacientes, merecem atenção e discussão durante o processo de tomada de decisão.


Como ocorre a recuperação após a realização da laqueadura?


Após a realização da laqueadura tubária, é comum que a mulher experimente desconforto abdominal e pélvico nos primeiros dias.


Nesse período, é fundamental adotar medidas como repouso para atividades físicas e relações sexuais, sendo possível o uso de analgésicos para aliviar a dor.


No que diz respeito à higiene, é recomendável manter a região íntima limpa e seca após a intervenção cirúrgica, visando prevenir infecções.


Ademais, banhos de mar e piscina devem ser evitados, pelo menos nas primeiras semanas após a laqueadura tubária.


Por fim, lembramos que a busca por aconselhamento médico é essencial para assegurar que sua decisão esteja alinhada com sua saúde e bem-estar.



Assim, se deseja obter mais informações sobre a laqueadura ou se tem dúvidas sobre a adequação do procedimento para você, agende uma consulta com a ginecologista o quanto antes!


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Formação da Dra. Graziele Cervantes

  • Ginecologista e Obstetra formada pela Maternidade Darcy Vargas - SC em 2016;
  • Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2016-2018);
  • Curso de Imersão em Laparoscopia em Clermont-Ferrand, França (2019);
  • Especialização em Longevidade e Medicina Ortomolecular;
  • Médica Assistente do Setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo;
  • Professora da Pós Graduação de Videoalaparoscopia e Histeroscopia da Santa Casa de São Paulo - NAVEG;
  • Mestra da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
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